quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

A maconha como porta de saída para o crack

Por Alexandre Criscione


 
O psiquiatra Dartiu Xavier explica como usuários de crack de São Paulo conseguiram se livrar da dependência da pedra com a substituição pela maconha.


Polêmicas à parte, deve-se encarar este fato como realidade científica e social, sem tabus históricos. Não estou aqui para defender o uso de qualquer droga, porém as drogas legalizadas, como o álcool e o cigarro, são muito mais portas de entrada às outras drogas do que a maconha, além de causarem mais danos coletivos e à própria saúde. 

Outras pesquisas científicas provam que a maconha não mata neurônios. Seus efeitos medicinais são mais do que comprovados e ela tem sido recomendada como cura para alguns casos, que vão de câncer, glaucoma, esclerose múltipla e até AIDS.

Segundo pesquisas, a maioria dos usuários de maconha não são dependentes (menos de 10% dos usuários o são). Em uma comparação feita pela Beckley Fundation com outras drogas, a maconha é, de longe, a menos viciante e menos prejudicial tanto para o indivíduo como para a sociedade:




Efeito intoxicante
Dependência
(dificuldade de abandonar o vício)
Grau de dependência
física
Cannabis
4° mais alto
Mais baixo
Fraco
Tabaco
5° mais alto
Mais alto
Muito forte
Álcool
Mais alto
4° mais alto
Muito forte
Cocaína
3° mais alto
3 ° mais alto
Forte mas não contínuo
Heroína
2 ° mais alto
2° mais alto
Muito forte


Intoxicação física
Perigo social
Cannabis
Muito fraco
Fraco
Tabaco
Muito forte
Inexistente
Álcool
Forte
Forte
Cocaína
Forte
Muito forte
Heroína
Forte
Muito forte


Cannabis
Tabaco
Heroína
Álccol
Acidentes de trânsito e outros tipos
*

*
**
Violência e suicídio



**
Morte por overdose


**
*
HIV


**
*
Cirrose



**
Doenças do coração

**

*
Doenças respiratórias
*
**


Câncer
*
**

*
Doenças mentais
*


**
Dependência
**
**
**
**





** = efeito importante * = efeito menos comum
 
Portanto, existem outras formas de ajudarmos os usuários de crack, ao invés de simplesmente os internarmos à força, como agora é aqui no Estado de São Paulo. Acho esta alternativa bem válida, com efetividade já comprovada. Por que não tentar?

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